segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Reciclagem de eletroeletrônico



Gravataí é a primeira cidade do Brasil a ter um ponto de coleta de resíduos eletrônicos disponível à população. A empresa recicladora é licenciada pela FEPAM e possui certificação ISO14001.

Maravilhoso não é?

Seria, se houvesse a responsabilidade das empresas e indústrias quanto ao correto destino deste material.

Infelizmente não tivemos adesão de NENHUMA empresa. Por quê?

Por existir um custo pequeno por material arrecadado, todos preferem descartar na coleta comum, ao terem que tirar do bolso alguns reais para que todo o equipamento seja reaproveitado!

O Projeto Amigos do Planeta, através do Sindilojas de Gravataí, fez o recolhimento do material de algumas escolas e possibilitou o destino correto de quase 500 quilos de computadores e periféricos.

Batalha difícil, talvez tenhamos que "subir o morro" equipados e obrigar as pessoas a não tratarem a natureza como uma DROGA.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

VOCÊ FAZ COLETA SELETIVA?


Você faz coleta seletiva?

Apenas 3% dos resíduos gerados pelos lares brasileiros é reciclado, devido à falta de consciência da população quanto a correta separação do lixo doméstico.

Sabe aonde vai parar todo este lixo?

O descarte sem responsabilidade está matando animais marinhos, pássaros e criando ilhas de
lixo nos eceanos.

Estamos destruindo nossos recursos naturais.
provocando a morte de peixes e colocando em risco a vida de diversas espécies.


Você tem água pura para beber?
Privilégio fazer parte deste seleto grupo que tem acesso a um recurso que para muitos, mas MUITOS mesmo, seria um sonho.

Um em cada seis habitantes não tem alimento à mesa, não tem água para beber, convive com esgoto à céu aberto ou sofre com doenças causadas pela água contaminada.

Segundo a ONU, a água contaminada mata mais do que todas as outras formas de violência.

INSUSTENTABILIDADE: qualidade de insustentável; qualidade do que não tem fundamento ou defesa possível.
Certamente pagaremos um alto preço pela forma como temos tratado o planeta, ao longo das últimas décadas.
Seja responsável pelos seus descartes, separe o que pode ser reciclado e colabore com as pessoas que trabalham nas Cooperativas de reciclagem!
Respeito social e ambiental fazem parte de uma sociedade sustentável.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

RESPEITO





Amigos

Àqueles que não sabem, moro em um sítio próximo à Curva da Corcunda, em Gravataí-RS.

Todos os dias a caminho do trabalho passo por uma região de agricultores, com muita área verde e uma vista maravilhosa para o Morro Itacolomi.
Porém em um trecho da estrada existe um recuo onde são descartados todo tipo de resíduos, desde móveis, pneus, pedaços de couro à animais mortos.

Sinto uma impotência muito grande ao ver tudo aquilo, não apenas por ser ambientalista, mas em ver que por mais que se fale em reciclagem e descarte correto, as pessoas não se importam com a natureza, tão pouco com o ambiente que elas mesmas irão conviver.

Em uma dessas manhãs ao passar pelo local, vi uma carroça parada ao lado da estrada e uma moça no meio daquele monte de entulho e lixo, recolhendo algumas coisas.

Passei com o carro e pensei em muitas coisas em uma fração de segundos, num impulso, dei a ré e parei para falar com ela.

Eu não sabia bem o que lhe perguntar, apenas queria mostrar às pessoas que o nosso descaso com o meio ambiente havia levado aquela mulher até ali. Quando ela me viu prontamente veio em minha direção perguntar se podia ajudar. Eu perguntei à ela se poderia lhe fazer algumas perguntas sobre a reciclagem de lixo e as difilculdades em depender disso para sobreviver, muito simpática, aceitou o meu convite.

O nome dela é Renata, tem 27 anos é casada e mãe de três filhos, um com 9, outro com 7 e o caçula com um ano e meio de idade. Busca no "lixo" complementar a renda da família.

O marido dela trabalha na construção civil e passa mais tempo em Caxias do Sul do que aqui, com a família. Ela por sua vez, sai de casa as 6:00 horas da manhã sozinha para encontrar material para vender, a coleta renda à ela uns R$ 300,00 por mês. A carroça e o cavalo foram presentes de sua mãe, diz que tem adoração pelo animal, como se fosse o quarto filho, aliás, um belo animal.

Mora em um dos condomínios do Pac, em uma casa, assim pode acolher o "grandão", como chama o seu cavalo.

Além das preocupações com o sustento dos filhos, outra coisa tira o seu sono, é o prazo já estipulado para entregar a casa onde mora de aluguel, devido ao vencimento do contrato firmado com o Pac. Pensa em construir uma casinha no terreno onde mora sua mãe, mas não sabe como conseguirá o material, já que mal sobra para o alimento.

Renata conta que isto tudo a preocupa, mas o pior mesmo é a maneira que muitas vezes ela é tratada pelas pessoas, nos lugares onde passa. O menosprezo é tão grande que ao relatar um fato ela começou a chorar, não pude conter também as minhas lágrimas. Vendo aquela pessoa trabalhando, juntando lixo, no meio de animais mortos, recolhendo grarrafas pet, papelão, ferro e outros materiais, percebo que realmente nosso futuro não será próspero, se continuarmos agindo desta forma.

Certamente aquele cavalo, companheiro da difícil jornada, é melhor tratado por ela do que muitos humanos cavalos a tratam, nas ruas onde passa a recolher o nosso descarte.

Senti muita vergonha, me despedi dando-lhe um abraço e desejando "bom trabalho".

Fica aqui um apelo e um alerta: dependemos da natureza para continuarmos vivendo, o respeito ao meio ambiente nos torna cidadãos mais conscientes e o respeito ao próximo torna o mundo um belo lugar para se viver.

Um abraço,
Rose Mariah
Ambientalista
Gestora Ambiental